2 de dez. de 2010

Estou aqui sentada sentindo esse calor que tem me agradado. Senti saudade dos banhos frios, dessa luz forte que nos faz cerrar um pouco os olhos, aquele fechar para poder sentir. Espero meu amor despontar por entre as plantas que disfarçam o mundo de concreto, espero feliz e calma, espero na paz desse amor que corre o corpo por dentro e que explode, exala, deixa rastros de beleza e compaixão. Não é ingênuo. É que é forte. É real, inegável. O amor não precisa ser subjetivo; o amor às vezes é um fato. E isso quando percebido torna-se a mais poderosa força existente, torna-se o pilar das coisas mais surpreendentes.

16 de out. de 2010

DE REPENTE VEIO AQUELE CHEIRO DE MATO NO CORPO DELA.

ELA ADMIRAVA O CÉU PENSANDO SE ERA A BRISA QUE A MOVIA
OU SE ERA ELA QUE MOVIA A BRISA.
RESPIROU PROFUNDAMENTE.
FEZ QUE FECHARIA OS OLHOS.
SEGUROU OS CABELOS ENFIANDO OS DEDOS NELES,
MULHER QUE ERA.
EXPANDIU-SE AO SOLTÁ-LOS.
SORRIU.
Ela olhava para ele do topo da escada.
Ele, sentado ao pé da escada com as mãos escondendo a face; chorava.

9 de set. de 2010


O amor. Amor daqueles de dar inveja, ou nem dar inveja de tão bonito que é, sabe? Inveja sente que não tem esse amor, que ainda busca, ou somente espera, ou desiste. Amor daquele que não acaba, não pára, só cresce, se torna firme e respeitoso, delicioso. Amor desses de novela, desses de gente da roça, de gente apaixonada, de mundo encantado, de quem acreditou quando todo mundo dizia que "não era bem assim". É um amor assim o nosso. É daqueles que a gente acorda e sabe que é feliz, sabe que tem sorte, sabe, só isso. Amor desse que a gente recebe, que a gente troca, que nos cuida. Porque foi dado, por isso retorna. Amor desses que a gente olha pra dentro e vê o que há nos cantos escuros, vê sem medo, de verdade, observa os escuros e procura a luz. Amor desses que inspira. Amor assim, que transforma a realidade, ou que aproxima a beleza, deixa ela pertinha da gente, é só pegar. Amor assim é pra contar, é pra dizer que existe. Amor assim é pra saber que tem e que pode aparecer no próximo segundo, ou daqui 10 anos. Não importa, sempre vale a pena saber que ele existe. Amor que faz a gente ser forte a ponto de saber que aguenta estar sem, porque amor assim nos faz agentes. Mas a gente não deixa porque não precisa, é bom, é paz. Amor assim é oração, é fato, é pele e é carinho, cuidado. Amor assim é diálogo. Amor assim é simples, é o que nos faz perder as formas e deixar fluir, deixar existir. É sem reservas, sem cegueiras. Amor assim é o que me faz escrever sem me preocupar, exercer alegre todas as licenças e permissões. Porque amor assim é esperança e, como tal, vem do jeito que vem e é sempre bom. Amor assim é decisão.
Passo o dia anestesiada. Tudo tão corrido. Repetir isso já está maçante, um saco. Repito. Essa coisa que aparece, esse incômodo que vem não sei de onde e se instaura num lugar secreto...parece algo simples, como quando percebemos que soltar os cabelos, afrouxar os sapatos ou a roupa já ajuda, mas não resolve. Chega uma mensagem no celular. Páro de pensar e o incômodo é deixado de lado "- Agora não é hora disso". Volto a sentir essa coisa estranha, sinto vontade de um banho para sentir todo meu corpo, lavar os cabelos, esfregar a pele até sentir a alma; ou esquecer que isso existe. Existe? Não quero pensar sobre isso. Será que as meias estão apertadas? Ou grossas demais? Ou será esse ferro na cabeça, ou o plástico nos cabelos, ou o tênis, ou esse sutiã... que dor de cabeça....
a mensagem trouxe um novo problema a ser resolvido. Não posso ignorar. Mais ritmo, mais fluxo, mais sufoco, mais, mais..... e menos um monte de coisas boas para o humano atolado nesse tempo. A desconexão de pensamentos é fruto, resultado. Aceito para me acolher. Me conforto. Isso parece bom. Agora sinto um ar fresco, o abafado da sala se dissipou um pouco trazendo certo alívio, certa visão de paz, cerco aconchego. Aconchego não, acho que exagerei. Alívio, sutil mas importante. Páro. Olho para além da tela. Entro em contato comigo e percebo que tudo não passa de um momento, percebo que tudo não passa de um agradável sinal de que estou voltando. Mesmo que no retorno contenha esse incômodo. Faz parte e é maravilhoso. Sentir, voltar a sentir é maravilhoso.

7 de set. de 2010

- Era uma vez um mundo cheio de cores, de sabores, os melhores, um mundo cheio de luz, paz e amor, trocas... compartilhar era a fluidez. Era uma vez um lugar bom, boa temperatura, divertido, criativo, cheio de arte e sinceridades delicadas.

- Mas eu pedi que vc me contasse uma história real...

- Só porque começa com "era uma vez" significa que não seja real?

- Ah... continua então...!

31 de mai. de 2010

Tenho andado sem tempo para escrever, e a bagagem e saudade apertam muito. Escrever aqui me ajuda a pensar, a refletir sobre mim e sobre todo o resto. Enfim, como o tempo é realmente muito curto, escrevo no fluxo dos pensamentos, escrevo como para mim mesma, minha intimidade letrada. Escrevo sem corrigir, pensando, indo e voltando...
Comprei "Saber Cuidar" de Leonardo Boff. O livro até está na bibliografia do projeto que faço parte, mas confesso que ainda não havia lido. Semana passada acabei "caindo de pára-quedas" na palestra de uma amiga sobre psicomotricidade. Quis sair correndo de casa e, de repente, me vi sentada numa cadeira com um grupo de educadores, psicólogos e "cuidadores" fazendo uma vivência singela e especial. Dentre vários livros citados, esse apareceu. Guardei. Na semana que se seguiu estava eu numa reunião de projeto de extenção quando, de repente, surge o livro mais uma vez nas mãos de alguém muito especial. Resultado: saí e fui direto comprá-lo. Boa coisa que fiz!
O livro (para quem ainda não teve o prazer de ler) fala sobre o sentido central do homem, do mundo: o cuidar. Levanta esse cuidado como fator fundamental no viver, como algo indispensável e que por várias razões acabamos por nos esquecer. Também levanta algumas razões para esse esquecimento e o resultado disso. Concordo plenamente com tudo que li até agora e, como ainda não cheguei ao final e não tenho a menor pressa em fazê-lo, tentarei ir comentando algumas coisas por aqui no decorrer dessa gentil aventura. Por agora transcrevo uma frase logo do início, frase essa que, inclusive, foi a primeira que ouvi sobre o livro na palestra que estive:
"O cuidado é, na verdade, o suporte real da criatividade, da liberdade e da inteligência."
O curioso é que esse "cuidar" entra em diálogo com outro tema que tem sido meu perseguidor; essas coisas que as energias do mundo explicam. Opressão. Cuidado e opressão: como dialogar com esses dois opostos e chegar na razão desses fatos estarem tão presentes num mesmo momento? Reflito, medito, sinto... Eu, claro, sei que esses temas tem sido parte quase que total nesse meu momento de vida. Porém ainda não tenho respostas da razão disso. Hoje vislumbro alguma coisa, mas sei que estou ainda distante da conclusão final. Como a esfinge, ao ter essa resposta que tanto busco ( e que se faz urgente e necessária), terminarei um ciclo difícil e doloroso. Sinto que estou perante uma grande, imensa porta que não se abre. Fico ali parada na frente dela. Portas imensas, metros e metros mais alta que eu. Larga. Às vezes sinto que ela se abrirá e lá dentro haverá um sol amarelo que iluminará o universo. Outras vezes sinto que ao abrí-la, verei um espelho. A resposta está oculta, ela é a chave. Resta-me estar de pé em busca dela, resta-me estar bem para ela chegar. Por hora fico por aqui. Está bom por hoje.
Saúde a todos!
Principalmente mental e emocional.
Beijos ainda saudosos.

30 de mai. de 2010

Tentando voltar...

1 de abr. de 2010

Sem tempo, mas ansiosa...
Voltando...

26 de fev. de 2010

Hoje visitei o zoológico do Rio...
Hoje eu vi o leão dormir, ouvir uma voz doce e se virar, barriga para cima, juba descabelada... ele nem aí. Meigo. Felino. Manso.
Ele de olhos fechados... manhoso... relexado.
Silenciei-me.
Ele abriu os olhos. Achou que eu tinha ido embora.
Voltei a murmurar para o rei leão...o rei frágil pela carência, precisando de voz doce.
Fechou os olhos novamente.
Caminhei.
Ele abriu os olhos achando que eu havia ido embora mais uma vez.
E dessa vez eu fui. Tinha mais gente comigo, mais gente chamando querendo ver os outros animais.
Ele, deitado e solitário, fitava a mim...
Mesmo com toda a sua força, mesmo com seu título de rei, o leão enjaulado não podia evitar a solidão.

9 de fev. de 2010


Quero me sentar e ouvir a fala mansa e serena dos sábios do universo, uma conversa informal, algo leve e relaxante.
Não desejo conversas profundas, as maiores revelações feitas das formas mais sutis.
Quero me deitar numa rede azul claro mesclada com cores felizes e animadas, beber alguma coisa que refresque minhas palavras para só assim poder falar o pouco que poderia desejar. Passar a tarde assim.
Depois, no pôr-do-sol, sentir o silêncio dos homens, a voz dos ventos e o canto dos pássaros. Quero dormir cedo num lugar onde o tempo não exista, acordar com o sol e ir passear por verdes estradas, caminhos e sonhos.
Montar à cavalo e partir veloz com o melhor amigo de dentro: o amor. Daquele universal, sabe? O maior de todos, magnífico, magnânimo, humilde, discreto e potente como um furacão.
Quero ouvir o segredo do ambíguo, o caminho mais longo, o caminho do meio, substituir o mal pelo bem por puro fato, o sim pelo não e o não pelo sim por pura lógica, ser sábia de mim e dos outros, ser eu mesma sabendo quem eu sou.
Amar os outros externos a mim, a todos, amar a vida porque é vida.
Felicidade existe.
Saúde é sorte e cuidado.
Viver é recompensa.
Dinheiro é invenção.
Quero descansar, ter braços confortáveis e coisas para abraçar, gente ou árvore, bicho ou travesseiro.
Quero beijos gostosos e memórias resolvidas.
Mãos dadas, parceria com o eterno de cada coisa, de cada um.
Quero luzes brancas e amarelas ao redor de todos nós, cores azuis também são bem vindas, o arco-íris na retina e no céu depois do úmido de lágrimas ou das tempestades.
O pote de ouro está em ti.
O ouro do pote está em mim.
E vice versa.
Eu te abrigo, você me abriga, minha riqueza em ti, teu brilho em mim, únicos e unidos, diferentes e complementares.
Essenciais.
Eu quero uma visão.
Entre ruelas repletas de gente foge-se para buracos tatú saídos não se sabe de onde.
Cantos secretos para os desconexos, abertos para os expandidos, "tudo aqui é oração"...
- Como vcs chegaram lá?
- Sei lá... a gente só queria fugir da multidão, entramos na primera porta aberta.


BAHIA QUE NÃO ME SAI DO PENSAMENTO...

...pôr do sol no meu coração!

Ainda sinto a maresia nos poros e faço mergulhos noturnos para voltar ao sonho de dias atrás...

"A única aqui que pode ser chamada de baiana"

24 de jan. de 2010

Notre intimité
est lumière,
chaleur
et liberté.
Todas as cores de todos os olhares do mundo fazem da atmosfera um manto de sonhos e fantasias possíveis.
Praticando o ato divertido e audacioso de ter fé nos ossos fortes, no coração radiante e na mente sábia... seguimos em frente e em todas as direções que não levam ao retrocesso.
Purpurinas e confetes caem do céu!
Optimun of the life
and the art
it is to be creative,
renewed
and colored
to each new dawn.



Quis escrever um poema, uma poesia ou ingênua carta para a pluma branca que planava além do vidro de sua janela.


Arranjara razões poéticas, hipotéticas, para justificar seu desejo de se lembrar dos detalhes da pluma.


Era leve, ausente de dispensáveis asas e repleta de movimento. Sabia voar sendo ela mesma, pluma branca, perdia-se no rumo. Era osmose com o ar, com o universo que a rodeava. Conectada. Sonho vibrante dos que tem febril esperança.


A pluma era bela, molhava-se em sereno quando a noite caía e passava os dias ao sol para secar a leveza que continha. Mergulhava em vôo de aromas no pôr-do-sol, saudava a chegada da lua.


Era branca, repleta de azul de céu. Era amor, aquele que expulsa a alma para o externo e nos faz iluminar o que já é cheio de luz.


Rodopiava de repente com a imperceptível brisa que, de tão leve, só existia por seu movimento cúmplice, uma dança entre ela e o invisível.


Por vezes quietava-se na tempestade não por temor, sábia que era, mas por manter-se no tempo aberto quando suas forças já não bastavam, equilíbrio de si.


A pluma naquela janela inundava meu sangue até correr por todo meu corpo despertando feitiços de flores, encantos mistos, olhares fixos. Eu a observava flutuar como o inevitável respirar do mundo, presa por delicada e serena presença.


De onde surgira aquele ponto branco? Será que bate sutil como si mesma ao vidro e, de tão calma batida, não a posso ouvir?


Será que quer entrar?


Abro a janela. A pluma continua ao vento e meu coração tenta mostrar o tom de sua voz, ansioso sem saber o que o vento trará.


Eu observo em paciente expectativa. Rezo. A pluma flutua. A janela está aberta. A brisa desliza.


Qual o rumo dos ventos?


Convido a pluma a entrar e confesso assim que dela preciso.


Eu, rochosa fortaleza que quer desmoronar pelo simples toque daquela delicada presença.


Ela indecisa ainda plana. É mesmo assim, é o ritmo pelo qual se acostumou. Plumas dançam nos ventos, não entram por janelas. Descrente. Por que será?


Ela indecisa, eu corajosa enfrento a ordem dos ventos, refaço, escolho a ordem que sigo. Assopro. Ajudo o destino... Construo o destino. Um forte sopro na pluma em minha direção. Ela entra, lambe meus dedos, repousa onde os ventos são suaves.


E eu, imóvel, mantenho as mãos no parapeito da janela para que ela voe enquanto há sol, e repouse quando o sereno noturno chegar.

21 de jan. de 2010

Tomar as decisões bebendo um café amargo e forte naquela livraria conhecida onde o garçom já sabe o pedido e manter as conclusões dançando e bebendo e esfumaçando o cérebro de lógicas e sobriedade.
Escolher os caminhos na solidão daquele quarto e dividir com os amigos poéticos a força de ir em frente, bailando aquela música, cantando aquela letra, sentando ao meio fio e rodando...rodando...
A bebida não esquenta mais.
Abrir a janela para a chuva entrar, ligar o ar condicionado, o ventilador sopra para cima... tudo junto, sem toalha.
Fluxo inconstante e criativo, elétrico e reluzente, banho frio, gente, paciente dela.
Louca, linda e longe.
Estação Central de trem de Berlim. O maior teto de vidro sobre uma linha férrea e um dos maiores do mundo.
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Impetuosa... foi o que ouvi antes mesmo do primeiro café do dia. Ouvi, usei o máximo dos "ãhã's" que a aceitação me permitia, ouvi mais algumas reclamações de uma voz do outro lado da linha e da rua e desliguei. Procurei no dicionário o significado exato dessa palavra. Li, reli, busquei outras fontes, vi "impetuosidade", vi aplicações em frases e achei forte demais para mim. Pensei em algumas atitudes erradas... concordei com o adjetivo naquelas situações específicas, concordei do fundo da minha sinceridade cortante e impetuosa (piada sarcástica comigo mesma), mas daí a ser classificada como impetuosa? Vamos refletir juntos.
Somos classificados e classificamos as pessoas o tempo todo a partir de atitudes que os outros tomam e que nos tocam, seja por bem ou por mal. Aquela palavra amena quando se precisa ouví-la: fulano é doce. Aquela palavra dura quando alguém perdeu o limite: fulano é duro. Aquele murmuro quando se perde alguém: fulano é sensível. Para uns somos gentis e tranquilos, para outros somos impetuosos e frios. As duas versões de definição alheia são limitadoras e equivocadas, mentirosas para quem faz e para quem as recebe. Que nenhuma das partes acredite nela quando o equívoco eclodir de sua cápsula protetora.
O tempo todo somos adjetivados a partir do que toca ou atinge o outro, e vice-versa. Não digo que somos tudo o que há, mas digo que somos muita coisa, tanta que nem se poderia calcular ou descrever, perceber. Se é para classificar alguém a partir de uma ou duas experiências vividas por você ou por versões dadas por terceiros - o que é ainda mais agravante - aconselho pelo bem de todos nós: classifiquemos com os adjetivos gentis. Quando alguém ouve algo bom sobre si mesmo esse alguém, quem sabe, acredita um pouquinho que seja e passa a ter atitudes que correspondam a esse algo. Sua percepção se volta para o que há de bom em si e nos outros. Educadores aplicam isso, pacificadores aplicam isso, quem deseja construir aplica isso. Julga quem se considera juiz, a palavra final de uma condenação qualquer. Daí a expressão "julgar é fácil", pois não nos damos ao trabalho de calar para perceber, e depois de perceber continuar no silêncio do julgamento. Classifique situações, e isso já abrirá uma gama de opções... mas nunca classifique alguém. Ninguém é tão bom e poderoso assim, e quanto mais se acreditar que se pode fazer isso, menor o julgador estará na escala à qual considera-se no topo mais alto.
Deixo aqui um trecho do diálogo entre Paul Ekman, um psicólogo especialista em emoções conhecido mundialmente e o Dalai Lama.

Primeiro, o monge budista Dalai Lama:

"Temos mais de 6 bilhões de pessoas neste planeta, cada uma com as próprias diferenças e características e estados mentais únicos. Seia muito difícil tentar obter uma compreensão abrangente da natureza das emoções que fosse universalmente aplicável e que também de alguma forma explicasse a individualidade de cada um de nós."

E Paul Ekman:

.""O ódio e outras emoções bloqueia o acesso às próprias memórias...faz você esteriotipar as pessoas"

ESTOU VOLTANDO... AOS POUCOS... BEM DEVAGAR... ESPERANDO VIR ALGUMA PALAVRA NOVA...

22 de dez. de 2009

Era como se eu metesse a cabeça dentro de alguma coisa e sacudisse toda a água do mundo lá. Me senti um desses animais que, ao se molharem, espirram água por todos os lados, feliz, reluzente, cintilante, pleno.
Ah.... o planeta água é úmido!
Vamos beber e brindar a magia que o cotidiano nos reserva!

21 de dez. de 2009

ANIMADÍSSIMA PARA AS NOVAS INSPIRAÇÕES E VIBRAÇÕES QUE JÁ SURGEM!
ANSIOOOOOSAS!
DIVIRTA-SE!

13 de dez. de 2009

12 de dez. de 2009

Musiquinha breve que fiz pra mim:
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Eu vou passeaaaaar... eu vou passeaaaaaar...
Eu vou passeaaaaaar ali no meu quarto, eu vou passeaaaaar...

10 de dez. de 2009

Eu fico aqui com essa minha cara de boba vendo aquele clipe estranho voz e violão de áudio baixo, aquele que mal dá pra ouvir e que a gente verifica se todos os volumes possíveis estão acionados. Logo essa música que eu queria que estourasse os meus tímpanos e o seu coração, esses 3:53 que fazem parecer as 24h do dia segundos rápidos e insignificantes. A vida virou do avesso, aquela onda gigante da tv tsunamizou com 'z' ou com 's' toda a lógica que existia, tsunamisou com 's' ou com 'z' toda a noção do que é bom e do que é banal. Refez-se a lógica das coisas, outros pontos de vista. E quando eu digo "apaixonada" você usa aquela expressão tola e sem força dos que não se conhecem e que fazem piadas sem graça que provocam risos forçados e artificiais. Insosso é dizer isso depois da meia noite porque depois da meia noite não é hora para coisas insossas, depois da meia noite as bocas só deveriam contar histórias de flores e os ouvidos só deveriam ouvir letras de músicas universais. Únicaversais. É única a versão da história que podemos contar dos sonhos que temos e que interrompemos quando acordamos de madrugada por causa do calor insuportável que a saudade dá, ou do frio trêmulo que as ausências provocam. Quero te contar do meu sonho interrompido e que eu adorei porque assim posso imaginar o fim mais divertido, mais gostoso de sonhar. Eu quero te contar mas não vou, porque ouvir sonhos malucos é tão chato quanto ver foto da família alheia por mais de alguns minutos. Não vou contar, mas vou adiantar que era cheio das flores do que você não soube dizer porque não podia, porque a boca estava ocupada com a tal expressão sem graça. Eu ouvi por muito tempo o que os outros chamam de humanidade e benefício, e agora que tanta coisa explodiu na lógica do que era ilógico eu não sei mais o que significam essas palavras ou qualquer outra coisa já previamente definida. Nada é previamente definido, nem pode ser, por isso não farei promessas para o ano que entra, para o ano que nem sei quando se inicia ou termina. Isso pode ser a qualquer hora, depende da minha boa vontade e disposição. E o mesmo se aplica a você. Bom é quando os anos novos se iniciam ao mesmo tempo, a isso dão o nome de amor. Feliz 2010 e que você consiga passar o ano novo comigo.